quinta-feira, 25 de novembro de 2010

El Pesetero Português

No passado verão o mercado de transferências nacional parou devido às  negociações entre dois clubes rivais (ou não) por um jogador ao qual o nome deixou de existir no meu vocabulário.
Em semana de clássico e com o regresso à casa mãe desse mesmo jogador, JEB em entrevista à comunicação social defendeu publicamente esse jogador afirmando que “sempre deu tudo pelo clube”, “que enquanto lá esteve foi um excelente profissional” e que lhe “desejou sorte”. Tudo isto para pedir aos adeptos que não criassem um ambiente hostil, que não apupassem o jogador e não cantassem cânticos menos elegantes.
            Será que este dito presidente estará bem mentalmente ao proferir estas declarações?
            Pois a mim parece-me que não!!! O mesmo deverá estar com um lapso de memória nomeadamente às declarações que fez a quando da transferência desse jogador para o norte do país. Classificou-o de mau profissional, dizendo ter um comportamento deplorável, inclusivé que era uma maçã pôdre no seio do grupo e quando é assim “à que se livrar dessa maçã pôdre”, que se o clube fosse dele que ficava no clube a treinar-se à parte sem jogar, mas que não o fazia porque seria éticamente incorrecto.
            Éticamente incorrecto foi o comportamento desse jogador, mostrando ser um mau profissional e desrespeitando o seu empregador com o qual tinha um contrato válido por mais algumas temporadas.
            Alguns meses antes a comunicação social fez saber que o jogador tinha-se encontrado com o presidente de outro clube numa unidade hoteleira a norte do país, encontro ao qual o conteúdo não foi revelado e com uma única declaração ao qual já se previa o que veíu a acontecer.
“Vejo-o como um jogador á FCP”. Não teria sido o jogador alvo de um processo disciplinar por parte do clube por se ter encontrado com um dirigente de um clube rival sem autorização?
Não condeno A, B ou C por querer mudar-se para melhor, condeno e enterro a forma suja como o fez, trancando-se quarto em pleno estágio afirmando que não voltaria a jogar mais pelo clube, que o vendessem para o Porto, Benfica ou qualquer outro clube mas que ali não queria ficar.
Um jogador de referência da equipa, é capitão de equipa e é o mais bem pago (estando no topo do tecto salarial) pode ter este comportamento inaceitável?
Todo o ser humano com o minímo de ambição quer sempre melhorar a sua condição de vida, mas tem de ter em atenção a forma como o faz e não cuspindo no prato onde comeu, traindo quem lhe fez homem e sempre lhe estendeu a mão.
Ainda à tempos falei com um amigo meu português mas adepto incondicional blaugrana e bastou falar em Luís Figo que o mesmo transformou-se completamente, conseguia ver raiva nos olhos dele. Provavelmente ainda não se esqueceu da traição de Luís Figo ao seu Barcelona quando o trocou pela capital espanhola.
Pois peço-lhe Presidente não peça que a massa associativa receba esse jogador de forma cordial fingindo que nada existiu. Merece um ambiente hostil, merece que lhe cantem cânticos menos dignos e quem sabe que lhe atirem com uma cabeça de porco como os adeptos do Barcelona atiraram a Luís Figo quando foi jogar a Camp Nou.
De maçã pôdre passa a grande profissional!!! E esta hein???
Presidente não acha que foi mais um tiro nos pés estas declarações quando a nação sportinguista jamais perdoará esse jogador?



1 comentário:

  1. Em primeiro lugar quero salientar o título desta notícia: "El pesetero Português". Porquê? Porque quando iniciei a leitura deste blog, li que as notícias aqui "postadas" seriam colocadas de forma o mais imparcial possível. Um jornalista na sua verdadeira ascensão da palavra, tem que realmente conseguir colocar de lado a clubite. E apenas comentar factos reais e sempre com várias versões dos dois lados da história. Para terminar o meu pequeno reparo, uma hístória tem sempre três versões: o lado de A, o lado de B e o que realmente se passou. O bom jornalista a meu ver é aquele que de alguma forma consegue chegar à terceira versão.

    ResponderEliminar